CFM promove segundo webinar de humanidades médicas


Apresentar filosoficamente o amor ágape como um conceito fundamental no momento em que vive a humanidade. Esta foi a missão do médico Péricles Brandão que abordou o amor como necessidade e dom durante o II Webinar de Humanidades Médicas do Conselho Federal de Medicina (CFM). O seminário on-line foi transmitido pelo Youtube sob a coordenação dos membros da Comissão de Humanidades do CFM, Helena Leão e Henrique Batista. (ASSISTA AQUI)

No evento ocorrido na noite do dia 2 de dezembro, Brandão abordou o cuidado integral e apresentou uma relação entre o amor de Jesus de Nazaré – proposto através de pregações, atos e a própria vida – e os conceitos de amor que havia na antiga Grécia, no momento histórico em que surgia a Medicina.

Durante a palestra de quase 45 minutos, Brandão trouxe uma visão poética de vida, entrega, renúncia e doação, características importantes da profissão médica. Ele mostrou com sensibilidade como têm evoluído formas do amor-ágape e como foram encarnadas por quatro médicos ao longo da história: São Lucas, Humberto Maturana, Albert Schweitzer e Hélio Pellegrino.

“A descoberta do ágape para Lucas tinha um valor absoluto: a esse amor dedicou sua vida, pois acreditava ser o acontecimento central da história humana. O exemplo de Maturana traz a importância do amor no processo de educação, na formação do indivíduo. Já o modelo de Schweitzer traz ênfase à relação do amor e ética. Por sua vez, com Pellegrino o amor é abordado como expressão do ser total”, pontuou o palestrante.

Pandemia – Sobre a crise sanitária mundial, Péricles Brandão afirmou ser uma oportunidade de aprendizado sobre o amor. Para ele, quando se diz que a pandemia é uma sindemia, se quer chamar a atenção para “a interação mutuamente agravante entre fatores médicos propriamente ditos e outros, como a miséria, a desigualdade econômica, a degradação ecológica, a necropolítica”.

Segundo apresentou, o grande desafio seria enfrentar com rigor científico as doenças, sem perder de vista a urgência ética de identificação e superação das condições multifatoriais, regionais e mundiais, que favorecem o seu aparecimento e desenvolvimento. “Cada um deve assumir a condição de guardião da sintropia, a tendência que se observa no universo de emergência da vida em manifestações cada vez mais complexas, sutis e integrativas. É preciso responder à pergunta: o que na estrutura mesma da sociedade moderna faz adoecer o homem, seu corpo e sua alma? A Terra não mais suportará que o homem seja novamente só um sobrevivente, sem mudar profundamente seu modo de vida”, concluiu.

Momento da Arte – O webinar de humanidades do CFM também foi complementado com música e cinema. O presidente da Sociedade Brasileira dos Médicos Escritores Regional Sergipe, Lúcio Antônio Prado Dias, exibiu uma cena do filme Sociedade dos Poetas Mortos. “Qual é o seu verso?, com esse questionamento trazemos uma excelente reflexão da cena que faz uma crítica ao modelo tradicional de ensino”, pontuou Prado.

Em seguida à exibição do trecho da obra, o Momento da Arte no Webinar de Humanidades cedeu espaço à música “Blowin’ in the wind” do cantor Bob Dylan, com a apresentação do também integrante da Comissão e ex-presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, acompanhado da filha Fabrícia d’ Avila Exterkoetter. (ASSISTA AQUI)

 

 

 

 

Fortune Tiger Dragon Tiger BC Game casino кракен маркет кракен зеркало кракен сайт мега даркнет мега зеркало мега сайт