Pediatria: Quando o cuidado cabe num abraço


Nesta edição da seção Foto Memória, nossos repórteres fotográficos direcionam suas lentes para o universo da pediatria. As fotografias registram a espera, o procedimento, o repouso, o trabalho e a distração dos personagens que ocupam os ambientes da assistência pediátrica e expõem com admiração faces e vestígios humanos. A cada edição, o blog Humanos apresentará ao leitor imagens de pacientes, profissionais, instrumentos e espaços próprios dos diferentes ramos da medicina ou que inspirem reflexões sobre a condição humana.
//Márcio Arruda (cores) e Nathália Siqueira (preto e branco)

A prática da medicina está entre as mais antigas atividades exercidas pelo homem. Desde Hipócrates, há 2.500 anos, ela se desenvolve e se organiza sistematicamente. De acordo com o Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, o surgimento da especialidade não está desvinculado do passado remoto da própria medicina. A pediatria emergiu paulatinamente, em diferentes regiões do mundo, com os cuidados especializados que a saúde da infância e da adolescência passou a requerer.

O aparecimento das especialidades médicas, entre elas a pediatria, foi descrito por Theodor Zwinger, na Basileia (Suíça). Foi ele quem primeiro comparou o comportamento de enfermidades em crianças e adultos, registrando e descrevendo diferenças e salientando que o organismo infantil reage de forma diferente às doenças.

A ação do pediatra é essencial aos sistemas de saúde. O maior desafio da área hoje é garantir o direito da criança e do adolescente ao atendimento médico, compreendido como assistência e prevenção em saúde e promoção da qualidade de vida.

//Estima-se que 130 milhões de crianças nascem todos os anos no mundo e que os programas de imunização salvem a vida de entre dois e três milhões delas.

 

//De zero a seis anos de idade, a criança estabelece a arquitetura cerebral que lhe permitirá aprender, sentir, relacionar-se, comportar-se e desenvolver-se ao longo da vida.

 

//São fartas as evidências científicas sobre o caráter insubstituível dos cuidados com a infância e a adolescência para a saúde e a qualidade de vida, em todas as fases.

 

//A cobertura da vacina DTP (Difteria, tétano e coqueluche, tríplice bacteriana), considerada essencial durante o primeiro ano de vida, estava acima de 90% até 2015. A partir de então, houve uma queda na cobertura, passando a 89,5% (2016) e 78,2% (2017), segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do UNICEF.

 

//De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina, existem 39.234 pediatras no país.

 

//Segundo a ONU, a cada dia, morrem 17 mil crianças a menos do que em 1990, porém mais de seis milhões de crianças ainda morrem a cada ano, antes do seu quinto aniversário.

Fonte: Revista Medicina CFM ED. 1 JANEIRO/ABRIL 2013 P. 60 (com adaptações)