V Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas


Henrique Batista, Carlos Vital e Aldair Novato Silva

Ao saudar os participantes do V Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas, realizado na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), de 2 a 4 de dezembro de 2015, o presidente do Conselho, Aldair Novato Silva, ressaltou que o caráter  humano da profissão jamais pode ser deixado de lado, nunca pode ser negligenciado ou substituído por nenhuma tecnologia.

 

Confira a mensagem do presidente:

É uma grande honra para o Cremego sediar essa quinta edição do Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas.

A medicina é uma profissão que exige muito conhecimento técnico e científico. Uma profissão que requer o exercício diário do saber. A cada consulta, a cada atendimento, somos desafiados a colocar em prática o aprendizado adquirido em anos e anos de estudos e de vida profissional.

Mas, a medicina não é apenas uma ciência nem o exercício frio de técnicas, por mais eficientes ou modernas que sejam. A medicina é essencialmente a arte de conhecer, entender, respeitar e se relacionar com o outro.

A medicina é essencialmente humana. E esse caráter da profissão jamais pode ser deixado de lado, nunca pode ser negligenciado ou substituído por nenhuma tecnologia.

Neste congresso, que reúne profissionais, acadêmicos e especialistas de todo o Brasil e de outros países, temos a chance de ampliarmos e aprofundarmos o debate sobre as humanidades médicas, sob diferentes perspectivas, considerando valores pessoais, culturais e sociais que contribuem para a boa prática da medicina e a boa relação entre médicos e pacientes.

Falar em humanizar a saúde, humanizar a assistência médica, demonstra uma redundância, pois, como dissemos, medicina e humanidade são conceitos inseparáveis.

Mas, sabemos também que o dia a dia, o lidar com a dor do outro, a urgência em salvar vidas pode nos tornar mais frios, não por opção, mas por imposição da quase sempre extenuante rotina de trabalho.

Por isso, temos de estar atentos à necessidade de renovação contínua do nosso compromisso com o lado humano da profissão e o congresso que começa hoje nos oferece essa oportunidade.

Que nestes dias, possamos refletir, debater, compartilhar experiência com colegas e futuros colegas e que, na sexta-feira, ao final do evento estejamos todos mais cientes e melhor preparados para a prática de uma medicina mais ética e humana.