I Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas


O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Academia Nacional de Medicina (ANM) querem trabalhar com os coordenadores de escolas médicas para resgatar a formação humanitária e a responsabilidade social. O assunto foi debatido durante o I Congresso Brasileiro de Humanidades em Medicina, realizado em 10 de setembro de 2010, na sede da ANM, no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo o presidente do Conselho, Roberto Luiz d’Avila, a entidade está preocupada com a formação intelectual e cultural dos estudantes. “A Medicina não pode ficar refém da tecnologia e de ações apenas terapêuticas sem que haja uma visão mais humana. Respeitar os valores culturais, as vontades e os desejos do paciente: isso e a verdadeira Medicina”, apontou d’Avila.

O presidente da ANM, Pietro Novellino, destacou que a Medicina só pode ser exercida por quem tem a visão social e por aquele que procura cultivar as humanidades: “o médico necessita de conhecimento para que possa exercer a profissão com mais amor”.

Segundo o presidente da Academia Brasileira de Filosofia, João Ricardo Moderno, a lição principal que o médico traz é a defesa da vida e por isso deve se sensibilizar. “A ética da vida é um ponto de consenso institucional entre a medicina e a filosofia. O ponto de apoio para qualquer tipo de ação intelectual e técnica. O médico deve ser sensibilizado com a necessidade dos pacientes”.

Qualidade do ensino – A falta do cuidado humanitário foi analisada pelo grupo como fenômeno dos séculos XX e XXI. Com o aumento do conhecimento, os profissionais precisaram se especializar cada vez mais e a formação social passou a ser tratada como elemento secundário.

Para o orador da Academia, Aníbal Gil Lopes, é preciso observar que foram retirados todos os aspectos da formação humanística do sistema de educação. “Não existe um lugar aonde estes conhecimentos sejam adquiridos. O indivíduo já chega sem o conhecimento mínimo no campo da arte e literatura. Com uma cultura bem desenvolvida, um profissional está preparado compreender qualquer doença ou paciente”.

De acordo com Lopes, a medicina tem se preocupado mais com treinamento de habilidades do que na formação da pessoa. “O novo profissional aplica a tecnologia no corpo humano e não na pessoa”.

O problema da formação acadêmica também foi apontado pelo professor José Siqueira que acredita que o sistema educacional deva ser revisto. “Ensinamos do começo ao fim o fato e não os valores. É preciso rever o que realmente é importante”, concluiu Siqueira.

 

* Com informações da Associação Médica do Rio Grande do Sul

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