Humanidades médicas: Docentes compartilham experiências das universidades


A necessidade de resgate do médico humanista e o que está sendo feito em sala de aula para que as novas gerações vejam o paciente e não apenas a doença foram temas debatidos na manhã de quinta-feira (25), nas duas primeiras atividades do VII Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas, evento promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em São Paulo (SP).

O médico reencontrando sua identidade foi o tema da conferência ministrada pelo médico, teólogo e professor Aníbal Gil Lopes. Em uma hora de reflexões sobre a natureza humana, Lopes abordou a relação com o paciente e a atuação dos formandos em Medicina. “Ao terminar o curso, os alunos sabem especificamente de elementos fundamentais para sua atividade, instrumentos essenciais para qualquer área de atuação e eixos de pensamento do raciocínio clínico e cirúrgico. Mas ato médico é, em sua essência, se colocar a serviço do outro. O que realmente é sagrado na nossa profissão é a intimidade de se encontrar com o outro, pois eu ofereço a minha reflexão pra cuidar do próximo”, destacou.

Ainda pela manhã, uma mesa redonda foi montada para que professores pudessem compartilhar a situação atual e as experiências usadas nas aulas sobre ensino de humanidades. Cinco iniciativas, em diferentes regiões do país, foram compartilhadas com os participantes. Como o caso da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que procura sensibilizar os alunos com galerias de arte, palestras, aulas de pintura, demonstrações de orquestra de cordas, entre outras atividades. “Fomos inspirados por iniciativas como a do Conselho de Medicina”, apontou a professora Karla Freire Rezende.

A sétima edição do Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas teve prosseguimento à tarde com oficinas sobre o envelhecer; a arte, a morte e o morrer; além de espiritualidade. Os participantes também puderam acompanhar a apresentação de 21 trabalhos com relatos de experiência e estudos qualitativos que abordam diversos temas relativos a humanidades, como cuidados paliativos, espiritualidade, literatura, arte e saúde.

O Congresso se estende até a sexta-feira (26) e pode ser acompanhado pelo canal do Youtube do CFM. Clique aqui.

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